sábado, 10 de setembro de 2011

An unknown traveler - Chapter 1 Part V

- Onde trabalhas, Edward? - perguntou Carla.

- Sou o dono do banco Cliffton. 

- Uau, você deve ser um grande empresário! - exclamou.

- Nem tanto - riu - apenas faço meu trabalho. Mas e você?

- Sou agente de seguros, trabalho na Hoffman Financial Group, fui transferida para cá a pouco tempo. - suspirou - Você nasceu aqui em Dayton?

- Sim, nasci e fui criado aqui, até me formar na área de administração pela Universidade de Dayton. Você veio de onde?

- Nasci em Cleveland, sendo criada por meus pais adotivos lá. Nunca conheci meus pais biológicos, pois eles morreram num acidente há vinte e um anos (21), por isso não tenho nenhuma lembrança deles - soltou algumas lágrimas - mas sempre fui feliz, meus pais adotivos cuidaram bem de mim.

- Fico feliz em saber. - sorriu amigavelmente, enquanto se levantara. - Já está tarde, preciso ir embora. Até amanhã Carla, tenha uma boa noite. - despediu-se, já na frente da porta.

- Até amanhã, volte aqui quando puder. - abriu a porta.

- Voltarei, certamente. - saiu.

   Carla fechou a porta. Apagando as luzes da sala e cozinha, foi ao banheiro. Escovou seus dentes, indo para cama logo em seguida, onde iniciou sua viagem ao mundo dos sonhos. Edward, ao chegar em casa, fez o mesmo. No dia seguinte, Edward acordou com um pressentimento funesto, irrequieto. Vestiu sua roupa, pegou as chaves do carro e saiu. Não conseguia pensar em mais nada, apenas que algo houvera acontecido, algo terrível. Foi até a casa de Carla, para dar-lhe bom dia e ver se esta estara bem. Parando em frente de sua casa, caminhou pelos blocos de pedra fixados ao chão, que formavam o caminho até a porta de entrada. Bateu duas vezes, nada. Chamou Carla, gritou... Nada. Virou a maçaneta da porta, que logo se abriu. Prosseguiu, chamando a jovem, mas novamente não houve resposta. Foi até seu quarto, que achara por acaso, enquanto vasculhava a casa. Abrindo a porta, viu um cadáver ao chão, coberto por sangue. Aproximou-se, era Carla. Entrou em desespero, ligando para o hospital. Enquanto isso, nos subúrbios da cidade, um homem caminhara tranquilamente, vestindo um sobretudo negro, botas e um chapéu. Quem seria ele? Ainda não fora revelado, poderia ser qualquer um, mas tudo o que se sabe, é que este ser, é um viajante desconhecido...

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

An unknown traveler - Chapter 1 Part IV

- Pronto. Demorei muito? - perguntou a jovem, que acabara de voltar.

- Não, nem um pouco. Fiquei vendo jornal, parece que uma mulher de aparentemente vinte anos (20) foi assassinada numa cidade próxima daqui, Columbus, enquanto fazia café em sua casa, alguns dias atrás. - comentou.

- Nossa, que horrível. Esses criminosos entram nas casas para roubar, e matam quem estiver dentro a sangue-frio, não ligam para ninguém. - balbuciou, horrorizada.

- E o pior, é que a equipe da criminalística não encontrou o culpado, parece que não houve nenhum vestígio ou suspeitos. - pronunciou.


- Esses assassinos devem ser todos mortos... Eles matam e conseguem sair impunes. Quem mais morrerá e até quando? - Foi então até a cozinha.

   Retirou a chaleira que estava de baixo da pia e encheu-a com água. Depois, colocou-a no fogão, acendendo uma das bocas, onde pousou a chaleira. Foi até a mesa, para pegar o pó de café, mas nada encontrou. Levantando-se, o homem levantou seu dedo indicador direito para a mulher, saindo em seguida da casa. Foi até seu carro, onde pegou a sacola com as compras da mulher. Retornando, entregou-a a jovem, que sorriu, com uma leve palmada em sua testa. Preparou o café e logo ambos começaram a tomá-lo.

- Então, senhorita... Perdoe-me a estupidez, esqueci-me de perguntar seu nome. - disse o jovem galante.

- Não se preocupe, acabei me esquecendo também. Meu nome é Carla Mullack, muito prazer . - respondeu.

- Carla Mullack, ahn? Belo nome. Sou Edward Sigmund, o prazer é todo meu. - passou a fitar a bela senhorita, que lho olhara constantemente.

An unknown traveler - Chapter 1 Part III

   Seguiram caminho para a casa da jovem, enquanto esta passara a observar cautelosamente as ruas e construções pela qual passava. A neblina ainda jazia forte, ofuscando a visão do motorista, que mais uma vez se prostrara a observar minuciosamente cada detalhe do caminho, ajudado também por sua audição e pelo farol do carro. Alguns minutos se passaram e logo estavam os dois em frente a casa da jovial senhorita, que descera do carro, sem prestar atenção de que sua sacola de compras houvera ficado em cima do banco. Fechando a porta do carro, encaminhou-se em seguir quintal adentro, pela pequena calçada construída no meio de tal. 

- Olha, agradeço-lhe de coração, por ter feito este grande favor para mim. Sei que não te conheço, mas sinto que posso confiar em você. Gostaria de entrar um pouco? - Agradeceu a jovem, entusiasmada e contente.


- Sem problemas, ajudar as damas é algo fundamental. - sorriu, enquanto olhara para a moça com um certo brilho nos olhos - Se não for muito encômodo, gostaria sim. 


- Não é encômodo algum, é até um prazer. Quero conhecê-lo melhor, talvez possamos ser bons amigos. - proferiu.


- Com certeza! - balbuciou o homem.


- Vamos, entre! - convidou seu novo colega, enquanto abria a porta.


   Entraram ambos na casa. Acendendo as luzes, a mulher retirou seu casaco, colocando-o no suporte que encontrava-se ao lado da porta. Ligou a televisão, fazendo então, sinal para que o homem sentasse no sofá e assistisse a programação, quaisquer que fosse ela, seria de critério dele, enquanto ela se trocaria no quarto. Sentando ao sofá, trocava de canais constantemente com o controle, procurando algo interessante. No canal nove(9), passava o jornal e logo passou a assisti-lo. A mulher finalizara sua troca de vestimenta no quarto, voltando enfim, para a sala.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

An unknown traveler - Chapter 1 Part II

   A jovial mulher, deu meia volta ao carro e adentrou-o, fechando a porta, logo após. O misterioso homem, prostrou seu pé no acelerador, levando sua mão destra à marcha, engatando a primeira (1ª) e logo estavam os dois a caminho do mercado. Dirigindo a baixa velocidade, o motorista observara cautelosamente as ruas, apenas para ter certeza de que não há perigo e também para não entrar no caminho errado, já que a névoa absorvera toda a pouca iluminação que ainda restava dos postes de energia. Após dois curtos minutos, chegaram ao mercado, que estava quase a fechar. Saindo do carro, a jovem prosseguiu até o mesmo, adentrando-o sozinha, enquanto o homem ficara no carro, à espera. Prosseguiu até a prateleira de café, onde tomou em mãos um pacote de 1kg, o que lhe custaria quase dez dólares. Seguiu agora, para a prateleira de pães doces, obtendo um saco contendo 5 pães de tamanho mediano, o suficiente para o café da manhã.
   Com seus produtos em mãos, foi ao caixa, onde deixou seu café e saco de pães. Retirando sua carteira do bolso, tomou em mãos uma nota de dez dólares(10) e outra de cinco(5), entregando-as ao balconista, que lhe entregou como troco, dois dólares e cinquenta e cinco centavos(2,55), colocando os produtos dentro de uma sacola. A jovem pegou a sacola, retornando ao carro. Ao entrar, fechou a porta duas vezes, já que na primeira tentativa, não fechou-se por completo. Sorrindo para seu acompanhante e cavalheiro senhor, ambos seguiram agora, para a casa da moça, que dera as dicas para o homem.

- Minha casa fica no Bairro Milford, R.  Cincinnati, número 2078. - Indicou a mulher, com um leve sorriso em seu semblante.

-  Ok, logo estaremos lá. - Respondeu o homem.

An unknown traveler - Chapter 1

   Numa cidade longínqua, a neblina ofuscava a visão em quase setenta (70) por cento numa área de 600m² e junto de si, uma forte geada, obrigando aos cidadãos abrigarem-se ou pelo menos, agasalharem-se e tomarem cuidado, muito cuidado... A cidade não é das mais tranquilas, se podemos descrevê-la assim, pois há muitos assassinos e aproveitadores de pessoas indefesas, que atacam principalmente em climas como este, onde torna-se mais difícil reagir ou ter uma plena visão das ruas. No calar da noite, uma bela moça, de tranças avermelhadas, olhos castanhos e de boa forma, transitava pela R. Stuart Miller, agasalhada e com os braços em volta de si, protegendo-se do frio. Enquanto respirava, soltara pelas suas narinas pequenas quantias de fumaça, proporcionada pelo frio que "congela" o ar. Passos e mais passos eram dados pela moça, aparente jovem de vinte e dois anos (22), sendo levada por sua intuição de que encontraria um mercado ali perto, onde compraria pequenos produtos necessários para sua manhã. As luzes estavam fracas, de formas débeis, mal iluminando a rua, tornando-a ainda mais sombria. Sem sons e sem outras pessoas, a jovem caminhara sozinha, destemida e ingénua. Acabara de se mudar para a cidade, não sabendo ainda de todos os seus defeitos. 
    Ao avistar uma luz, duas para ser mais exato, duas fortes luzes brilhantes, a poucos metros de onde estava, se aproximando, acelerou o passo. Ao deparar-se com um carro, de belo porte, certamente seu dono era alguém com grande importância na sociedade, talvez um empresário, talvez um banqueiro, talvez até mesmo um membro do governo. Fez sinal de carona e logo o carro parou. Ao aproximar-se do carro, a janela do motorista abriu-se e um homem estendera sua mão esquerda para fora do carro, enquanto proferia:

- O que uma bela mulher faz sozinha neste local? - dera um leve sorriso malicioso, enquanto proferiu seus verbetes.

- Estou procurando um mercado, se o senhor puder me informar onde se encontra um aqui perto, ficaria muito grata. - pronunciou a jovem.

- Não tem mercado aqui perto, mas sei de um que fica a seis (6) quarteirões daqui, posso te levar até lá se quiser. 

- Quero sim, muito obrigada. E se não for muito encômodo, gostaria que me trouxesse para minha casa depois, é que sou nova na cidade, e não conheço muito por aqui. - agradeceu a mulher, feliz.

- Oh! Claro que sim, pode entrar no carro. - Fez sinal de aprovação, abrindo a porta direita do carro.